26 fevereiro 2014

Economia: Atraso em obras de infraestrutura em PE pode atrapalhar Fiat

A montadora Fiat está receosa em relação à infraestrutura do entorno do complexo da sua fábrica em Pernambuco, localizada no município de Goiana, no litoral norte do Estado. A produção deve iniciar dentro de um ano.

Para escoar os 200 mil carros que serão produzidos por ano na unidade, a montadora conta com a construção de um arco metropolitano que promete ligar a região da fábrica ao porto de Suape, que fica no litoral sul, sem passar pelo Recife.

O projeto, batizado de Arco Metropolitano do Recife, foi elaborado pelo Governo de Pernambuco, mas acabou incorporado ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do governo federal. As obras, no entanto, ainda estão longe de começar.

“Como teremos uma planta sem grande capacidade de estoque, dependemos de um bom fluxo. É um dos fatores mais importantes e esperamos que o arco esteja pronto o mais rápido possível. É importante que tenhamos a obra em 2016”, disse o vice-presidente global de manufatura da Fiat, Stephan Ketter.

A montadora anunciou nesta quinta-feira as 16 empresas que vão integrar o parque de fornecedores que será integrado à fábrica. A principal fornecedora será a Magneti Marelli, que é controlada pela Fiat e, associada a outras empresas, vai fornecer peças estampadas, eixos, tanques e pedais, entre outros.

O polo de fornecedores também conta com Pirelli (montagem de rodas), Saint Gobain (vidros), Lear (bancos), Adlo (tapetes), Denso (componentes de ar-condicionado), Powercoat (pintura de peças), PMC (chassis) e Brose (mecanismo para vidros elétricos).

Segundo Ketter, o parque vai demandar investimento de R$ 2 bilhões e pode gerar até 4 mil empregos. Os fornecedores vão ocupar uma área de 270 mil metros quadrados, ao lado da fábrica.

A montadora guarda em sigilo o modelo do veículo que será produzido em Pernambuco. De acordo com o vice-presidente, o modelo só será anunciado no primeiro trimestre de 2015, próximo à inauguração da fábrica.

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