O leito do rio teve sua calha aprofundada em cinco metros, suportando um volume maior de água. Os pescadores voltaram a encontrar peixes. A obra custou R$ R$ 2.358.884,71.
Alunos da Escola Municipal Manuel Borba terão uma atividade diferente nesta terça-feira (04/12). Eles vão participar de uma caminhada ecológica para conscientização dos moradores da cidade para preservação do Rio Goiana. A ação é uma iniciativa da Secretaria da Casa Militar (Camil). Segundo o secretário da Casa Militar, Cel. Mário Cavalcanti, a dragagem do Canal Baldo do Rio é essencial para reduzir o risco de enchentes. “Esta era uma das obras prioritárias, entre tantas outras, que o governador Eduardo Campos abraçou como responsabilidade do seu governo para recuperar as cidades atingidas pelas enchentes. Concluímos a dragagem e precisamos do apoio da população para que ele não volte a ser o destino do lixo da cidade” diz. A obra custou R$ R$ 2.358.884,71, beneficiando diretamente os moradores dos bairros Baldo do Rio, Curtume, Impueiras e Bela Vista. Os trabalhadores retiraram 40 mil metros cúbicos de lama, lixo e areia.
A ação educativa integra Governo do Estado e Prefeitura de Goiana. Além da Escola Municipal, vão participar representantes da Coordenadoria Municipal de Defesa Civil e da Secretaria de Obras. Às 10 horas haverá uma palestra com o secretário da Camil, na Escola que fica próxima aos bairros dos bairros Baldo do Rio, Curtume, Impueiras e Bela Vista. Depois, alunos e pessoas destas comunidades farão, junto com os agentes de Defesa Civil, uma caminhada pelos bairros, com distribuição de panfletos educativos. Esta é a segunda vez que a Casa Militar faz uma ação educativa em Goiana. Em julho, durante as obras, agentes da Defesa Civil local e estadual, fizeram um porta a porta, com panfletos para conscientizar os moradores. “O Governo fez a obra, mas a população precisa conservar para não ter mais enchentes. É necessário que cada um faça sua parte e contribua para manter as ações desenvolvidas pelo Governo do Estado e pela Prefeitura”, avalia Mário Cavalcanti.
Além de limpo, o leito do rio teve sua calha aprofundada em cinco metros. Agora, o rio comportará um volume maior de água e os pescadores voltaram a encontrar peixes nesse trecho do rio. O material educativo (arte em anexo) alerta: “Antes de decidir onde jogar este panfleto, leia.” E indica uma série de cuidados que as pessoas devem ter com o rio e com a cidade. “O rio e a cidade, dependem um do outro. As enchentes ocorrem por intermédio das chuvas fortes, mas afetam um número maior de pessoas dependendo do local onde elas constroem suas casas, por exemplo. Outro fator importante é o lixo, um dos maiores causadores de enchentes, dependendo da maneira e do local onde é descartado”, alerta o secretário.
Outras cidades ribeirinhas que sofreram com as enchentes de 2010 e 2011 também vão receber ação semelhante. Segundo o secretário da Casa Militar, esta ação está planejada há algum tempo, mas as ações de estiagem ocuparam a prioridade. Uma série de visitas está planejada a partir de dezembro. “Começamos o cronograma da ação educativa em Goiana e vamos para outras cidades a exemplo de Água Preta, Barreiros e Palmares, com a finalidade de prevenir através da educação”.
PARA ENTENDER O CASO
17 de julho de 2011 foi um dia marcante para a cidade de Goiana e para Pernambuco. Uma chuva intensa, de poucas horas, combinada com a sujeira do rio Goiana, levou a cidade a sofrer a sua mais grave enchente. Mais de 700 pessoas tiveram que deixar suas casas.
Entre as obras de reconstrução da cidade, o Governo do Estado, através da Secretaria da Casa Militar (Secretaria Executiva de Defesa Civil/Coordenatoria de Engenharia e Arquitetura) concluiu a dragagem do Canal Baldo do Rio de onde foi retirado um lixo de 40 mil metros cúbicos. A maior parte era de sacolas plásticas, garrafas de vidro e PET. Mas até uma carcaça de carro foi encontrada.
Assessoria de Imprensa
