17 maio 2020

Polícia: Mulher e amante acusados de sequestrar, torturar, matar e ocultar o corpo de empresário no Maranhão são presos em Goiana

De acordo com as investigações, o empresário foi sequestrado pela ex-companheira e pelo amante dela. A mulher, que já estava presa, fugiu após ser beneficiada com o direito a prisão domiciliar por conta do coronavírus.

Policiais Civis da 44ª Delegacia de Goiana e da 53ª Delegacia de Condado, sob a coordenação dos delegados Felipe Pinheiro e Rodrigo Leite, prenderam, na tarde deste sábado (16/05), um casal acusado de sequestrar, torturar, matar e ocultar o corpo do empresário "Chico Paraná", no município de Balsas, no Maranhão, e que chocou a população maranhense e teve repercussão interestadual. Os criminosos foragidos estavam escondidos na cidade de Goiana e trabalhavam em uma oficina localizada às margens da Rodovia PE-075, próximo da loja 2001.
Segundo informações obtidas pelo Blog do Anderson Pereira, Daiane da Silva Almeida, natural de Balsas-MA, de 24 anos, e o mecânico Wanderson Ferreira de Almeida, natural de Riachão-MA, de 37 anos, foram presos em cumprimento aos mandados de prisão nº 0000806-40.2019.8.10.0026.01.0001-20 e 0001113-91.2019.8.10.0026.01.0002-19, expedidos pela 4ª Vara Criminal de Balsas-MA. A mulher era companheira da vítima há dois anos e foi responsável por arquitetar o crime.
De acordo com a polícia, Wanderson já estava foragido e se escondeu no município de Goiana, na Zona da Mata Norte de Pernambuco, desde janeiro deste ano. Por sua vez, Daiane que cumpria pena em uma unidade prisional do Maranhão, recebeu o benefício da justiça para cumprir prisão domiciliar em virtude da pandemia do COVID-19 e acabou fugindo. Daiane saiu do presídio de Balsas sem usar a tornozeleira eletrônica, que estava em falta na unidade prisional. Ela chegou em Goiana há aproximadamente 10 dias. 

Ainda segundo a polícia, o empresário popularmente conhecido como “Chico Paraná” foi morto com golpes de punhal e requintes de crueldade, dez dias após ter sido sequestrado e mantido em cativeiro, em junho de 2019. Na ocasião, “Chico Paraná” chegou a ligar para a família, pedindo dinheiro para um suposto tratamento de saúde. A dupla ainda conseguiu cerca de R$ 400 mil da vítima, além de realizarem diversas compras em lojas de Balsas-MA com o cartão do empresário. O corpo dele só foi encontrado quatro meses depois, na zona rural do município de Riachão, no extremo sul do Maranhão, depois que um terceiro envolvido no crime, Eriosvaldo da Silva, que ficou preso por 30 dias e seria compadre do Wanderson, indicou o local exato que ele havia sido enterrado. Foi necessário o uso de uma retroescavadeira para desenterrar o corpo.

Após os procedimentos de praxe, Wanderson foi encaminhado ao Centro de Observação e Triagem Professor Everardo Luna (Cotel), em Abreu e Lima, na Região Metropolitana do Recife, e Daiane foi recolhida para a Colônia Penal Feminina do Bom Pastor, em Recife, onde permanecerão à disposição da Justiça.

 
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