06 maio 2019

Gripe: Pernambuco tem a primeira morte por influenza de 2019

Confirmação ocorreu em paciente de Petrolina, no Sertão do estado, que morreu em fevereiro com sintomas de gripe. Foto: Elza Fiúza/Cortesia

Um homem de cerca de 50 anos residente em Petrolina, no Sertão de Pernambuco, é o primeiro paciente com óbito confirmado por Influenza A no estado. A informação faz parte do boletim epidemiológico que engloba casos da doença desde o início do ano até o dia 13 de abril. De acordo com os dados fornecidos pelos órgãos de vigilância em saúde, a morte ocorreu em fevereiro.

Além dessa morte, outras três que podem estar relacionadas à influenza, de acordo com o Ministério da Saúde, se encontram em investigação no estado. Além delas, o óbito de uma estudante de medicina de 17 anos registrada no dia 27 de abril no Recife também deve ser incluída no números que casos que devem ser submetidos a exames detalhados para que se identifique a infecção pela doença.

O informe mais recente elaborado pela Secretaria Estadual de Saúde (SES) também mostra que houve um aumento de 144% nos casos de Síndrome Respiratória Aguda (SRAG) — quadro grave que pode ser provocado por vários agentes, entre eles as influenzas H1N1 e H3N2, outros tipos de vírus e bactérias — com relação ao ano passado. Enquanto no mesmo período de 2018 foram registradas 286 suspeitas da doença, este ano o número já chega a 894. Apesar do alto número de casos, somente 11 foram confirmados – uma para influenza A (H1N1), nove para influenza B e um não subtipado)

Além da morte confirmada em Petrolina, houve a detecção laboratorial da doença em dez outros pacientes, todos residentes na Região Metropolitana do Recife, que se recuperaram após os sintomas (um em Abreu e Lima, um no Cabo de Santo Agostinho, um em Caruaru, um em Goiana, dois em Jaboatão dos Guararapes, dois em Olinda e dois no Recife).

A confirmação da primeira morte do ano por gripe ocorre um dia antes do Dia D da vacinação para influenza, marcado para este sábado em todo o Brasil. No Recife, o dia de mais apelo da campanha, inciada no dia 10 de abril, será marcada por uma ação na Upinha de Jardim São Paulo.

Mesmo depois de mais de 20 dias de campanha, 76% dos pernambucanos que deveriam se vacinar (cerca de 2 milhões de pessoas) ainda não procuraram os postos de saúde. Entre o público-alvo do estado, apenas 628.799 receberam a imunização.

Os públicos prioritários da campanha é formado por crianças entre 6 meses e 5 anos, 11 meses e 29 dias; gestantes, idosos (60 anos ou mais), puérperas (até 45 dias após o parto), trabalhadores da saúde, professores das escolas públicas e privadas e povos indígenas. A imunização, que protege contra as influenzas A(H1N1), A(H3N2) e B, também é aplicada gratuitamente em portadores de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais, que devem apresentar prescrição médica no ato da imunização, de acordo com recomendação do Ministério da Saúde (MS); adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade sob medidas socioeducativas, população privada de liberdade e os funcionários do sistema prisional.

O Ministério da Saúde também orientou a vacinação de policiais civis, militares, bombeiros e membros ativos das Forças Armadas, que devem apresentar documento comprobatório no ato da vacinação, assim como os professores e profissionais de saúde.

 
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