Imagens feitas dentro de uma delegacia do Paraná mostram uma festa de Natal na carceragem. Presos subornaram os funcionários e promoveram uma ceia regada a bebidas e drogas. A polícia do Paraná pediu a prisão preventiva de dois carcereiros. Outros quatro funcionários foram afastados.
Uma festança regada a muita cerveja: mais de mil latinhas geladas em caixas de isopor. Música a todo volume e drogas à vontade. A farra, que começou na noite de Natal e durou três dias, foi organizada pelos presos da Delegacia de Campo Mourão, a 470 quilômetros de Curitiba, e custou mais de R$ 3 mil.
Preso: O carcereiro cobrou R$ 1,6 mil só para passar a cerveja e pegou mais R$ 1,4 mil para pagar as latinhas.
Repórter: E as drogas?
Preso: As drogas “foi pagado” mais R$ 400 por fora. Cocaína e maconha!
José Wilson de Oliveira é o carcereiro que, segundo os presos, recolheu o dinheiro para comprar as bebidas.
“É muito dinheiro, seu Wilson de Deus”, comentou um preso.
Repórter: E as drogas?
Preso: As drogas “foi pagado” mais R$ 400 por fora. Cocaína e maconha!
José Wilson de Oliveira é o carcereiro que, segundo os presos, recolheu o dinheiro para comprar as bebidas.
“É muito dinheiro, seu Wilson de Deus”, comentou um preso.
De dentro da cadeia, os presos contaram por telefone para um produtor do Jornal Nacional, que dois carcereiros que tomavam conta da delegacia também participaram da noitada. “Eles ficaram aqui até 9h tomando cerveja com a gente”, contou o preso.
A polícia afastou e pediu a prisão preventiva dos dois carcereiros, que também facilitavam a entrada de telefones celulares na cadeia. Os presos que aparecem nas imagens devem ser indiciados por tráfico de drogas, corrupção e formação de quadrilha.
O delegado-chefe de Campo Mourão afirmou que já vinha investigando um esquema de venda de drogas que funcionava dentro das celas.
