05 julho 2018

Economia: Artesã da Mata Norte desenvolve produto para grife inédita na 19ª Fenearte

A coleção Rhisophora é assinada pelo designer Marcelo Rosenbaum e nasceu de projeto do Sebrae-PE com 30 artesãos pernambucanos

Em 2018, o Sebrae-PE inova sua forma de atuação na maior feira de artesanato da América Latina, a Fenearte, para valorizar ainda mais o artesanato local e os empreendedores do setor. Entre as novidades, está o lançamento de uma coleção, a RHISOPHORA, criada a partir do trabalho de 30 artesãos pernambucanos e de uma mentoria feita pelo designer nacionalmente conhecido Marcelo Ronsenbaum. A coleção apresenta a identidade e as raízes locais, com um enfoque de mercado e peças exclusivas. A Zona da Mata Norte tem como representante a artesã Valciria Santiago, que desenvolveu um porta utensílios para cozinha bordado à mão com técnica familiar. A exposição acontecerá durante todos os dias da feira, de 04 a 15 de julho, no Centro de Convenções de Pernambuco, em Olinda.

“Eu sempre confeccionava roupas de vestuário feminino com bordados e retalhos e para mim idealizar um projeto inovador e ao mesmo tempo tradicional foi bem difícil e prazeroso. Moro em Goiana e meus produtos refletiam a cultura da região. Com a mentoria de Rosenbaum, aprimorei as minhas técnicas e confeccionei um porta utensílios para cozinha, que tem minha identidade, as características da Mata Norte, mas transcende a localidade e pode ser usado em qualquer lugar do Brasil e do mundo”, comenta a artesã.

A grife RHISOPHORA foi criada em conjunto por trinta artesãos urbanos, com diferentes talentos e especialidades, ao longo de uma mentoria de três meses consecutivos de Marcelo Rosenbaum. Nessa atividade, que foi intitulada Jornada Criativa, buscou-se reconectar os artesãos com suas ancestralidades e inserir um olhar de mercado em suas produções. “Quando fui convidado pelo Sebrae Pernambuco para fazer essa mentoria, a ideia era que eu entendesse o trabalho, a vocação, as metodologias dos trinta artesãos e, a partir desse encontro, que estimulasse a identidade pernambucana no trabalho deles, trazendo isso ainda mais para fora. Criamos uma coleção que pode ser levada para o mercado nacional e, quem sabe, para o mundo também”, afirma Rosenbaum.

O Sebrae-PE ocupará 540m² na 19ª Fenearte. No local, foram reservados 6m² de destaque para a exposição da marca RHISOPHORA. O espaço foi idealizado pelo próprio Rosenbaum, para que valorizasse as peças da grife e dialogasse com elas. Marcelo também colaborou com a idealização do restante do espaço do Sebrae, proporcionando uma relação com a exposição. Todos os produtos da exposição poderão ser comprados nos estandes de cada artesão. Após a Fenearte, a coleção vai percorrer todo o estado de Pernambuco, passando pelo rio Capibaribe, Litoral, Zona da Mata, Agreste e Sertão.

Os outros artesãos que participaram da Jornada Criativa e desenvolveram em conjunto a grife Rhisophora foram: Eduardo Amorim, Edson Santos, Bruna Spinelli, Cícero Morais, Cláudia Pontual, GG Pedrosa, Valcira da Rocha, Eriberto Lima, Josenilda Soares, Maria das Neves, Maria Ribeiro, Andréa Lucena, Márcia Cavalcanti, Re1nata Jatobá, Nadja Lima, Elizete Barreto, Simone Andrade, José Maurício de Lima, Rafaela Mendes, Viviane Locatelli, Míriam Gonçalves, Áurea Souza, Madalena Amorim, Carolina Leal, Cândida Lins, Íldima Lima, Taciana Pontual, Lorane Barreto.

JORNADA CRIATIVA – O Sebrae-PE convidou Marcelo Rosenbaum, designer com experiência no desenvolvimento de grandes projetos de valorização de culturas, artesanatos e produtos regionais, e conhecido principalmente pelos seus trabalhos no programa de televisão Decora (GNT) e no quadro Lar Doce Lar (Caldeirão do Huck – TV Globo), para fazer uma mentoria com 30 artesãos pernambucanos. A Consultoria especializada em Design de Produto foi nomeada Jornada Criativa, e contou com encontros constantes ao longo de três meses para a criação de uma linha de produtos que transmitam a identidade cultural pernambucana, concebida com foco no mercado. Dessa mentoria surgiu a coleção RHISOPHORA, que retrata a flor do mangue e carrega a cara, as cores e a ancestralidade da terra dos altos coqueiros, fazendo referências diretas às raízes locais e apresentando identidade e história em seu DNA.

 
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