Apesar da reprovação a Temer chegar a 73%, cresce o apoio pela sua permanência no cargo, aponta pesquisa
Pesquisa Datafolha divulgada nesta segunda-feira (2) pelo jornal Folha de S. Paulo mostrou que a maioria da população brasileira defende a prisão do ex-presidente Lula e o prosseguimento da denúncia da PGR (Procuradoria Geral da República) contra Michel Temer. O Datafolha ouviu 2.772 pessoas em 194 cidades, nos dias 27 e 28 de setembro, com margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
Dos entrevistados, 54% avaliam que os fatos revelados pela Lava Jato são suficientes para justificar a prisão do petista. 40%; por outro lado, afirmam não haver motivos para a detenção do ex-presidente, enquanto 5% não opinaram.
O apoio à prisão de Lula cresce à medida que aumenta o grau de instrução (69% entre os que têm nível superior e 37% entre os com nível fundamental) e a renda familiar mensal (chega a 76% no grupo mais rico e a 42% no mais pobre) do entrevistado. O apoio também é maior nas regiões Sul (61%) e Sudeste (65%) que na Nordeste (34%). Contudo, predomina em todos os grupos a opinião de que o petista não será preso ao fim das investigações (66% no total).
89% a favor da denúncia contra Temer e aprovação de 5%
Já no caso do prosseguimento da denúncia contra Temer, 89% são favoráveis a que a Câmara autorize a abertura de processo contra ele por organização criminosa e obstrução de justiça, enquanto apenas 7% são contra.
O Datafolha também fez uma pesquisa sobre a popularidade do presidente. A gestão Temer atingiu a maior reprovação já registrada pelo Datafolha desde o início da redemocratização no país. Consideram o governo Temer ruim ou péssimo 73% dos brasileiros. Com isso, o presidente superou a pior taxa de Dilma Rousseff (PT), 71% em agosto de 2015. Apenas 5% avaliam o governo como ótimo e bom. Os que consideram o governo regular somam 20%, enquanto 2% não sabe/não opinou.
Contudo, aponta a pesquisa, apesar dos péssimos números, há também algum alívio para o governo, aponta a Folha. Percebe-se um recuo no grupo que pede a saída de Temer da Presidência. Ainda que majoritário, caiu de 65%, em junho, para 59%. Já os que defendem sua permanência passaram de 30% para 37%.