12 julho 2017

Política: Mobilização para manter Hemobrás

Diante do desmonte da estatal, que pode ser transferida para o Paraná, deputadas brigam para que fique em Goiana

Diante do possível desmonte da Hemobrás de Goiana, em Pernambuco, para abrigar uma nova fábrica em Maringá, no Paraná, a fim de produzir recombinantes, a bancada federal de Pernambuco deverá judicializar o processo. Ontem, a deputada federal Luciana Santos (PCdoB) alertou que os parlamentes do Estado estão vigilante nas tratativas do ministério para a mudança e deverão acionar a justiça assim que a decisão se consolidar. 

“Nossa decisão é manter articulada a bancada para monitorar os passos, porque o ministro já reuniu o conselho da Hemobrás para anunciar a mudança. Vamos até a última consequência, até mesmo judicializar”, disse a comunista que na última semana se reuniu com o ministro e demais deputados federais do Estado. 
Na ocasião, Ricardo Barros (PP-PR), titular da pasta, justificou a mudança como ideia da iniciativa privada. De acordo com a deputada, não há motivos legais para que o ministro mude o endereço da estatal. “Não conhecemos qual é a base legal que o ministro está se baseando para pode fazer uma tomada de decisão de tanta importância estratégica e de grande envergadura. É jogar na lata do lixo nada menos do que R$ 1,6 bi de um investimento e de uma decisão tomada em 2004”, alertou Luciana considerando ser “inaceitável que o ministro faça decisão movido por interesse pessoal”. 

A bancada deverá se reunir, novamente, esta semana, para discutir o tema. No Estado, a base e a oposição na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) irão realizar uma audiência pública no dia 7 de agosto para discutir o tema. 

Para a puxadora da discussão, deputada Priscila Krause (DEM), a decisão é “totalmente política” e vem na contramão de todos os acordos que já haviam sido firmados. “Desde março que falo desse assunto na assembleia já quando começou a dar sinais de esvaziamento... Ele (Ricardo) está desfazendo e dividindo a quantidade de plasma, a produção de hemoderivados”, alerta.

 
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