06 maio 2014

Goiana: No aniversário da cidade, Fred Gadelha é vaiado por professores

No dia em que Goiana completa 444 anos – sem motivos para comemorar -, professores da Rede Municipal foram mais uma vez as ruas protestar. Após assembleia, realizada na manhã de ontem (05), no Clube Saboeira, os professores saíram às ruas em direção a rádio Nova FM, onde o prefeito de Goiana, Fred Gadelha, dava entrevista ao lado do pré-candidato ao governo do estado, o senador Armando Monteiro (PTB) e o deputado federal e pré-candidato ao Senado, João Paulo (PT).

Do lado de fora, os professores gritavam palavras de ordem e vaiaram a aparição do prefeito de Goiana. A categoria reivindica um reajuste salarial de acordo com o piso nacional, que é de 8,32%, além do pagamento dos salários desde janeiro de 2014. Como ainda não houve acordo com a Prefeitura de Goiana, os professores seguem protestando.

Após a entrevista, um grupo de professores entrou na emissora para tentar conversar com o prefeito. Lá dentro houve bate boca entre o prefeito e professores. É mais um capítulo da saga professores Vs Prefeitura de Goiana.

"Nossas crianças estão sem aula a oito dias úteis. É desumano o que nossas crianças estão passando por falta da compreensão de nosso atual administrador. Crianças que estão sem poder se alimentar e a merenda se estragando por causa da incompreensão de nosso governante. Será que agindo dessa forma estaremos valorizando nossos professores? E nossas crianças não merecem professores de qualidade? Professores que através de seus salários podem investir no seu aperfeiçoamento profissional? E a educação de qualidade onde fica?", indagou Raquel Gusmão.

"Durante ano de eleição surgem os mais diversos políticos pedindo votos e abraçando e beijando todo mundo, mas cumprir com os compromissos firmados com a população e com os funcionários eles não querem. Somos profissionais da educação e merecemos ser valorizados. Educação é prioridade. Sem Educação não existiria nenhuma outra profissão", protestaram os professores com uma camiseta personalizada.

Enquanto isso mais de 11 mil estudantes continuam sem aula.
 
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