31 maio 2012

Economia: Fiat está aperfeiçoando projeto

Início da obra civil é adiado e novo cronograma será fechado com Governo

As obras civis do complexo da Fiat, em Goiana, estavam previstas para começar até hoje (31), mas a montadora italiana informou à Folha de Pernambuco que está “refinando” o projeto de construção. Após a conclusão é que será possível assinar contrato com a empresa construtora responsável por erguer a fábrica, informação confirmada também por fontes do setor de construção civil. Um novo cronograma está sendo fechado com o Governo do Estado. A alteração não deve afetar a previsão de operação, em março de 2014.

A primeira fase de terraplanagem, que contempla uma área de 160 hectares, está disponível para as obras, segundo a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico. No entanto, a Fiat ainda não recebeu a licença de instalação, que permite o início da construção. O processo está tramitando na Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH), que, procurada pela reportagem, não se posicionou sobre o assunto. Até o momento, foi emitida apenas a licença prévia, que serve para atestar a viabilidade ambiental do empreendimento.

Colocar o lançamento da pedra fundamental mais para frente é um ponto positivo no que diz respeito à agenda da presidente Dilma Rousseff (PT). A chefe do Executivo quer esperar os ânimos no Partido dos Trabalhadores (PT) esfriarem para pisar no Recife. Os petistas estão em processo turbulento de escolha do candidato à prefeitura. Também está descartado qualquer problema relacionado às capacitações realizadas pelo Governo de Pernambuco, que caminham dentro dos prazos estabelecidos entre as partes.

Nas últimas semanas, parte da Imprensa do ramo automotivo noticiou que a unidade pernambucana iria produzir um sedã médio, conhecido na China como Fiat Viaggio e vendido nos Estados como Dart Dodge. No entanto, o fabricante garante que a história não passa de especulação. A expectativa real é que a planta pernambucana fabrique um carro mais popular.

O projeto da Fiat no Estado contempla fábrica, pista de testes e centro de pesquisa, em Goiana, além de um centro de distribuição, no Complexo Industrial Portuário de Suape. O empreendimento terá investimentos da ordem de R$ 4 bilhões e vai gerar 4,5 mil empregos diretos.

Folha de Pernambuco
 
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