13 dezembro 2010

WikiLeaks desnuda o súdito

José Serra prometeu à executiva da petroleira norte-americana Chevron, Patrícia Pradal, que mudaria o modelo de partilha na exploração do pré-sal, caso fosse eleito – o que beneficiaria a indústria norte-americana. Essa foi a informação que veio a público hoje, depois que o WikiLeaks vazou um telegrama enviado em dezembro de 2009 pelo cônsul dos EUA no Rio de Janeiro ao Departamento de Estado norte-americano.
Segundo o telegrama intitulado “A indústria de petróleo vai conseguir combater a lei do pré-sal?”, o então pré-candidato José Serra manteve diálogo nos seguintes termos com a diretora de Desenvolvimento de Negócios e Relações com o Governo da petroleira: “Deixa esses caras [do PT] fazerem o que eles quiserem. As rodadas de licitações não vão acontecer, e aí nós vamos mostrar a todos que o modelo antigo funcionava… E nós mudaremos de volta“.
Serra negou hoje, através de sua assessoria, que tenha tido conversas com a executiva da petroleira norte-americana. Mas um dos responsáveis pelo programa de governo do tucano, o economista Geraldo Biasoto, confirmou que a proposta era mesmo reeditar o modelo antigo de exploração do petróleo. Esse retrocesso beneficiaria a indústria estrangeira, e era esse o mote da “promessa de campanha” de Serra.
Esse telegrama não deixou apenas o rei nu: o seu súdito também.
O comunicado diplomático vazado pelo Wikileaks apenas confirma o que já se sabia (embora alguns não admitam – e continuarão sem admitir): a candidatura do tucano representava os entreguistas da nação – e José Serra era o corretor do nosso subsolo.

Créditos: http://acertodecontas.blogs.br
 
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