27 outubro 2019

Poluição: 'Não visualizou óleo na água, pode tomar banho', diz Agência Estadual de Meio Ambiente sobre praias de PE

Segundo diretor de Fontes Poluidoras da CPRH, banho está liberado nas praias onde não há, visivelmente, resíduos da substância. Lista de praias afetadas será divulgada diariamente.

O banho nas praias do estado atingidas pelo óleo foi liberado desde que não haja, visivelmente, resíduos da substância, segundo a Agência Estadual de Meio Ambiente de Pernambuco (CPRH). A lista de praias afetadas passará a ser divulgada diariamente pelo órgão, como informou, neste sábado (26), o diretor de Fontes Poluidoras do órgão, Eduardo Elvino (veja vídeo abaixo).
"Não visualizou óleo na água, pode tomar banho. É preciso ter cuidado porque a maré é muito variável, temos mudanças a cada seis horas. Se, nessa mudança de maré, você voltar a identificar óleo, você não entra, mas, ao longo desses dias, a gente tem observado uma melhora significativa em todas as praias, no ambiente de mar", disse Elvino.

Segundo Elvino, a orientação é baseada na resolução 274 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), que diz que o banho deve ser evitado em caso de "presença de resíduos ou despejos, sólidos ou líquidos, inclusive esgotos sanitários, óleos, graxas e outras substâncias, capazes de oferecer riscos à saúde ou tornar desagradável a recreação".
Na sexta (25), a CPRH divulgou um laudo de balneabilidade das praias no Litoral de Pernambuco. Segundo o laudo, feito na segunda (21) e na terça (22), 34 praias estavam próprias e outras 15 impróprias para banho, até a quinta (31). Entretanto, o laudo considera como impróprias as localidades com presença excessiva de coliformes fecais.

O documento trouxe, ainda, 18 praias em que, nos dias da coleta, havia presença de óleo, mas não necessariamente estão impróprias para banho. Entre elas, está a de Muro Alto, em Ipojuca, no Litoral Sul, onde o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, molhou os pés e disse, na sexta (25), que "as praias do Nordeste estão aptas aos banhos dos turistas".

De acordo com o documento da CPRH, o banho de mar nessas 18 praias deveria ser evitado, mas Elvino explicou, na entrevista para o NE1, que essa recomendação é apenas para quando houver detecção visual de óleo.

"A recomendação é não acessar essa água [que tem óleo visível] sob o risco de ter algum problema de saúde, mas, ao longo dessa semana, a gente viu uma ação muito coordenada do governo estadual, voluntários, limpezas urbanas e até do próprio governo federal. Essas ações possibilitaram a limpeza de algumas praias em relação à coleta que foi feita pela CPRH e algumas praias estão aptas novamente para o banho, porque essas águas e areias foram limpas. Então, esse laudo que a CPRH emitiu informa que, naquela data da visualização, aquelas praias estavam impróprias para banho", afirmou Elvino.

Ao ser entrevistado pelo NE2, Elvino informou, ainda, que a divulgação de praias com registro de óleo será divulgada diariamente, pela CPRH, na internet.

"A gente tem um dinamismo muito grande das marés e um dinamismo muito grande de onde tem óleo num dia e não tem óleo em outro dia. A ideia, agora, é a gente divulgar, diariamente, as praias que têm contato com o óleo, ou não", declarou Elvino.

 
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