Segundo diretor de Fontes Poluidoras da CPRH, banho está liberado nas praias onde não há, visivelmente, resíduos da substância. Lista de praias afetadas será divulgada diariamente.
O banho nas praias do estado atingidas pelo óleo foi liberado desde que não haja, visivelmente, resíduos da substância, segundo a Agência Estadual de Meio Ambiente de Pernambuco (CPRH). A lista de praias afetadas passará a ser divulgada diariamente pelo órgão, como informou, neste sábado (26), o diretor de Fontes Poluidoras do órgão, Eduardo Elvino (veja vídeo abaixo).
"Não visualizou óleo na água, pode tomar banho. É preciso ter cuidado porque a maré é muito variável, temos mudanças a cada seis horas. Se, nessa mudança de maré, você voltar a identificar óleo, você não entra, mas, ao longo desses dias, a gente tem observado uma melhora significativa em todas as praias, no ambiente de mar", disse Elvino.
Segundo Elvino, a orientação é baseada na resolução 274 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), que diz que o banho deve ser evitado em caso de "presença de resíduos ou despejos, sólidos ou líquidos, inclusive esgotos sanitários, óleos, graxas e outras substâncias, capazes de oferecer riscos à saúde ou tornar desagradável a recreação".
Na sexta (25), a CPRH divulgou um laudo de balneabilidade das praias no Litoral de Pernambuco. Segundo o laudo, feito na segunda (21) e na terça (22), 34 praias estavam próprias e outras 15 impróprias para banho, até a quinta (31). Entretanto, o laudo considera como impróprias as localidades com presença excessiva de coliformes fecais.
O documento trouxe, ainda, 18 praias em que, nos dias da coleta, havia presença de óleo, mas não necessariamente estão impróprias para banho. Entre elas, está a de Muro Alto, em Ipojuca, no Litoral Sul, onde o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, molhou os pés e disse, na sexta (25), que "as praias do Nordeste estão aptas aos banhos dos turistas".
De acordo com o documento da CPRH, o banho de mar nessas 18 praias deveria ser evitado, mas Elvino explicou, na entrevista para o NE1, que essa recomendação é apenas para quando houver detecção visual de óleo.
"A recomendação é não acessar essa água [que tem óleo visível] sob o risco de ter algum problema de saúde, mas, ao longo dessa semana, a gente viu uma ação muito coordenada do governo estadual, voluntários, limpezas urbanas e até do próprio governo federal. Essas ações possibilitaram a limpeza de algumas praias em relação à coleta que foi feita pela CPRH e algumas praias estão aptas novamente para o banho, porque essas águas e areias foram limpas. Então, esse laudo que a CPRH emitiu informa que, naquela data da visualização, aquelas praias estavam impróprias para banho", afirmou Elvino.
Ao ser entrevistado pelo NE2, Elvino informou, ainda, que a divulgação de praias com registro de óleo será divulgada diariamente, pela CPRH, na internet.
"A gente tem um dinamismo muito grande das marés e um dinamismo muito grande de onde tem óleo num dia e não tem óleo em outro dia. A ideia, agora, é a gente divulgar, diariamente, as praias que têm contato com o óleo, ou não", declarou Elvino.