24 janeiro 2016

Trabalho: Pernambuco é o estado do Nordeste que mais perdeu empregos formais. Goiana teve redução de cerca de 2.500 postos formais

Em 2015, estado teve saldo de menos 89.561 vagas com carteira assinada. Setor de serviços teve queda de mais de 32 mil postos de trabalho.

Pernambuco foi o estado do Nordeste que mais reduziu vagas com carteira assinada ao longo de 2015, de acordo com os dados divulgados pelo Ministério do Trabalho nesta quinta-feira (21) com base em dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). As demissões superaram as contratações em 89.561 vagas formais. Em todo o mais, foram menos 1,54 milhões de empregos com carteira.

Ao longo do ano, 480.255 pessoas foram contratadas em Pernambuco e 569.816 foram demitidas, uma variação negativa de 6,43%. O fechamento de vagas aconteceu em meio à conclusão de grandes obras em Suape e também forte queda do nível de atividade da economia brasileira, com a economia em recessão e disparada da inflação nacional – que ficou em 10,67% em 2015, o maior patamar em 13 anos.

O setor com a maior queda no estado foi o de serviços, com menos 32.314 postos formais, seguido pela construção civil, com redução de 30.180 vagas. A indústria de transformação teve menos 18.393 empregos formais, enquanto o comércio teve redução de 9.806 postos de emprego com carteira. No ano de 2015, apenas a agropecuária teve expansão de vagas formais em Pernambuco, com mais 2.522 oportunidades com carteira assinada.

A Região Metropolitana do Recife puxa o decréscimo de vagas no estado. Em um ano, foram menos 76.128 empregos formais. Entre os municípios com mais de 30 mil habitantes, a capital pernambucana apresentou o pior saldo de geração de emprego em dezembro, com 9.898 contratações e 14.388 demissões, um saldo negativo de 4.490 vagas formais. O segundo município foi Goiana, na Zona da Mata Norte, com redução de 2.420 postos formais em dezembro.

Ao longo do ano de 2014, Pernambuco havia registrado 626.279 contratações e 640.072 demissões, um saldo de menos 13.793 vagas com carteira assinada. Na ocasião, a queda havia sido puxada pelo setor de construção civil, com menos 25.076 postos de trabalho, e a indústria da transformação, com menos 3.473 vagas. O comércio havia criado 3.385 novas oportunidades com carteira assinada e o setor de serviços, 10.195 novas vagas.

G1
 
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