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Nada de festa para comemorar o início das obras da fábrica da Fiat em Goiana, na Zona da Mata Norte de Pernambuco. A montadora italiana até pensou em realizar um festejo, mas desistiu por causa da alta temperatura no cenário político por causa das eleições de 2014, quando o governador Eduardo Campos (PSB) pode se candidatar, entrando em um confronto direto com a presidente Dilma Rousseff (PT), que tentará se reeleger.
Tanto o governo estadual como o federal fizeram esforços para viabilizar o empreendimento, então a festa poderia se transformar em um embate eleitoral. A informação é da coluna JC Negócios, do Jornal do Commercio, assinada por Fernando Castilho.
A "paternidade" da fábrica virou alvo de disputa entre PT e PSB desde que os socialistas - leia-se Eduardo - começaram a romper alianças com o PT, como na eleição para prefeito do Recife, no ano passado. Os então candidatos Geraldo Julio (PSB) e Humberto Costa (PT) protagonizaram diversos embates ao longo da campanha atribuindo para seus partidos a conquista do empreendimento.
A unidade da Fiat em Pernambuco também foi mote de disputa eleitoral durante passagem da presidente Dilma Rousseff pelo Sertão do Estado na semana passada. Em seu discurso, a ministra do Planejamento, Orçamento e Gestão, Miriam Belchior, fez questão de "lembrar" o esforço do governo federal para a instalação da fábrica, como a isenção tributária e liberação de recursos.
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