25 abril 2013

Economia: Novo polo vai unir Pernambuco e Paraíba


Estados querem criar região integrada com a implantação da Fiat, do polo farmacoquímico (em Goiana) e de 4 cimenteiras (na paraibana Caaporã)

Os municípios pernambucanos e paraibanos que estão num raio de até 30 quilômetros de Goiana vão se transformar, no futuro, numa Região Integrada de Desenvolvimento (RID). Os primeiros passos para que isso ocorra já foram tomados pelos governadores dos dois Estados. A região vai se desenvolver muito com a implantação da montadora da Fiat e do polo farmacoquímico, ambos em Goiana, e de quatro indústrias cimenteiras que estão se instalando na cidade de Caaporã, na Paraíba.

"Até julho, vamos concluir um estudo que será entregue aos dois governadores", explica o presidente da Agência Estadual de Planejamento e Pesquisa de Pernambuco (Condepe-Fidem), Maurílio Lima. O estudo vai fazer um tipo de diagnóstico da região, que inclui uma parte da Mata Norte de Pernambuco e o Litoral Sul da Paraíba. Lá, também será incluído o município de Alhandra. O documento conterá dados socioeconômicos, relação de investimentos públicos e privados, em andamento e em implantação. A decisão sobre a viabilidade das ações apontadas no estudo serão tomadas pelos governadores dos dois Estados.

O próximo passo, segundo Maurílio, é incluir os prefeitos na discussão sobre o desenvolvimento futuro dessa região. "A nossa expectativa é que, no futuro, o estudo contribua para construir um plano de desenvolvimento conjunto e os dois Estados vão ganhar com isso", cita Maurílio. No Brasil, só existem três RIDs, que são os polos de Juazeiro (BA) e Petrolina (PE), Teresina (PI) e Timon (MA), Brasília e o seu entorno.

O estudo também deve apontar as fontes de recursos federais e internacionais que poderão ser usadas no desenvolvimento desse polo. Esse trabalho também vai conter as diretrizes básicas para o controle do uso do solo, preservação ambiental, melhorias na infraestrutura necessária à região, entre outras coisas. "Essa área também tem um grande potencial turístico", comenta. Para definir essa ação conjunta, foram realizadas duas reuniões com técnicos dos dois Estados. A segunda reunião ocorreu na última quinta-feira.

IMPACTO
Somente para o leitor ter uma ideia do desenvolvimento que vem por aí, no pico das obras da Fiat mais de 7 mil pessoas vão trabalhar na construção da montadora. Depois que a planta entrar em operação, cerca de 4,5 mil pessoas vão trabalhar na unidade.

O polo que vai fornecer serviços e produtos para a montadora da Fiat deve ter cerca de 12 mil pessoas e uma parte dessas empresas vai se instalar nos municípios próximos à Goiana. A Fiat iniciará a sua produção comercial em 2015.

Jornal do Commercio
 
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