27 abril 2012

Política: Criação de CPI gera polêmica e protesto. Legislativo acusa prefeitura de irregularidades no Programa

A abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar possíveis irregularidades na gestão do prefeito Edberto Quental (DEM) deixou o clima tenso no município de Condado, na Zona da Mata Norte. De acordo com os vereadores que integram a CPI, o democrata deu uma entrevista numa rádio da região, alegando que o pagamento dos funcionários não seria feito, pois o Tribunal de Contas do Estado (TCE) teria bloqueado os bens da Prefeitura em virtude da instalação da comissão.

Diante do ocorrido, houve revolta e protesto de servidores contra os parlamentares favoráveis à CPI, formada pelos vereadores Helena do Sindicato (PT), Manoel Francisco (DEM) e Sandro Ricardo (PTB). Ainda fazem parte do grupo, Romualdo Carlos (DEM) e José Nildo (PSD). De acordo com Helena, muitos funcionários protestaram contra os parlamentares na Câmara, achando que não receberão os salários no próximo dia 30 por consequência das investigações.

Foi preciso chamar a guarnição da Polícia Militar, em Goiana, para acalmar o tumulto. Logo após a confusão, os vereadores foram ao Tribunal de Contas, juntamente com o presidente da Câmara, o vereador Manoel Moura (PV), em busca de informações sobre o bloqueio do caixa da Prefeitura, sendo informados que o fato não ocorreu. Os parlamentares pretendem informar à população de que a explicação do prefeito é inverídica.

A Comissão Parlamentar de Inquérito foi criada no dia 16, com o objetivo de investigar possíveis irregularidades do programa Renda Cidadã, que beneficia pessoas carentes do município. Porém, segundo os vereadores, o prefeito não quer colaborar com o processo de investigação e não enviou à Câmara nenhum documento solicitado pelos vereadores. A reportagem tentou contato com o prefeito Edberto Quental, mas ele não atendeu às ligações.

Fonte: Folha de Pernambuco


Confira os videos:

Entrevista com o Prefeito Dr. Hedberto Quental

Entrevista com a vereadora Helena do Sindicato
 
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