Por Jumariana Oliveira
De olho no crescimento econômico do município de Goiana, na Zona da Mata Norte, o deputado estadual Aluísio Lessa (PSB) transferiu seu domicílio eleitoral para a cidade. O parlamentar, que é natural de Palmares (Mata Sul), tem base eleitoral na região e teve, no último pleito, mais de três mil votos, sendo o deputado majoritário do município. Há rumores de que o socialista quer pleitear a prefeitura no próximo ano, mas o deputado negou. Atualmente, o PSB tem três pré-candidatos, o vereador Carlos de Joca e os ex-prefeitos Edval soares e Oswaldo Rabelo. As especulações são de que o PSB local não aceita o apoio do atual prefeito Henrique Fenelon (PCdoB).
Segundo o vereador Carlos de Joca, a informação da transferência do domicílio causou surpresa. “Recebi essa notícia com surpresa porque isso é muito ruim para a cidade. Vou esperar que o governador volte da viagem (da Itália) para a gente ter uma conversa. Nós somos um grupo que estamos unidos contra o prefeito. O grupo está unido não para apoiar Aluísio, mas aquele que mais tiver unidade. É muito chato para nós, goianenses, apoiar uma pessoa de fora.
Assim, nós estamos dando a entender que nós somos incompetentes”, afirmou.
O vereador disse ainda que acredita que a mudança de domicílio pode ser uma manobra do prefeito Henrique Fenelon para tentar inviabilizar a candidatura socialista. “Se Aluísio for candidato do PSB com apoio de Henrique, eu não apoio. Quero estar fora, não faço parte do palanque de Henrique de jeito nenhum. O prefeito não tem nem um líder de governo, tem 90% de rejeição e a população não vota no candidato dele”, disparou.
Procurado pela reportagem, Lessa afirmou que a transferência do domicílio ocorreu apenas com o objetivo de fortalecer a candidatura de Carlos de Joca.
“Transferi com o intuito de ajudar a reforçar a candidatura porque é sempre bom um reforço para se fazer um bom campeonato”, justificou. Segundo o deputado, Fenelon já tem um candidato próprio, que não deve receber o apoio do PSB. Questionado sobre a possibilidade de lançar candidaturas depois de 2012 - já que a cidade é alvo de investimentos no Estado - o parlamentar desconversou. “Fazer previsão para daqui a cinco anos é inimaginável”, respondeu.
Folha de Pernambuco