A diretoria da Fiat ainda não definiu quando irá iniciar as obras de construção da fábrica que será instalada em Goiana. Por enquanto, a montadora trabalha na elaboração do projeto. Mas os movimentos trabalhistas já estão se organizando para que a instalação da montadora não seja desordenada. A preocupação faz sentido. Hoje, muitos agricultores e pescadores atuam na região onde a Fiat e as fornecedoras serão instaladas. Com isso, as práticas serão prejudicadas e esses profissionais perderão o sustento. Ou seja, Pernambuco precisa sair na frente e tocar projetos que insiram esses profissionais no mercado de trabalho.
Aliás, o Estado precisa encontrar uma solução definitiva para a falta de mão de obra qualificada. Isso antes do início da operação da Fiat. Se nenhuma medida for tomada os grandes postos serão ocupados por empresários de outros estados. E não será a primeira vez. Nos grandes empreendimentos que chegam ao Complexo Industrial Portuário de Suape, os cargos de gestores são de outros estados. No caso da Fiat, ainda temos tempo. E uma das propostas que está sendo analisada é a criação de cooperativas que promoveriam capacitações para esses agricultores e pecuaristas. A ideia é que estes profissionais sejam fornecedores das empresas. O projeto pode dar certo, mas precisa ser aprovado. E rápido.
Folha de Pernambuco