Todos os resíduos sólidos gerados durante a produção dos carros da Fiat (plástico, papel, papelão e sucata) são reciclados. Para isso, a fábrica da Fiat em Betim possui, desde 1994 uma Ilha Ecológica capaz de dar um destino adequado aos resíduos. Essa mesma ilha também será instalada em Goiana, mas em uma versão melhorada e moderna. “Tudo começa na produção com a coleta seletiva primária. Na Ilha nós fazemos uma separação mais específica. Todos os materiais recebem um destino adequado, nada vai para aterro sanitário”, afirmou o engenheiro ambiental responsábel pela Ilha Ecológica, Cristiano Félix.
Segundo ele, alguns desses materiais são vendidos a outras empresas como matéria-prima. “Nós reciclamos o isopor que protege os motores dos carros. Eles passa por um processo de compressão e processamento que permite reduzir em 50 vezes o peso e o volume do isopor. O polímero é vendido para empresas que fabricam capas de CD, por exemplo, o que gera receita para a Fiat”, afirmou, no entanto, sem informar valores e porcentagens.
Para tratar a água, a fábrica de Betim possui uma Estação de Tratamento de Efluentes (ETE), que consegue reaproveitar 99% da água utilizada na produção. Um lago com a água tratata, repleto de peixes, é mantido como indicador biológico da qualidade do líquido. “Teremos a mesma conduta na fábrica que será construída em Goiana. Ainda estamos construindo o projeto. Temos dois anos para maturá-lo porque daqui para lá podem surgir outras tecnologias e pesquisas. Essa ilha existe desde 1994. A de Goiana irá reunir toda a experiência construida em Betim aliada a tecnologias mais avançadas”, disse.
Folha de Pernambuco