Durante o protesto, a multidão ganhou simpatizantes como a dona de casa Valéria Silva, de 49 anos, que estava passando na rua quando viu a passeata e se juntou ao grupo. “Queremos baixar a passagem. Só conseguiremos isso se nos unirmos. Apoio a iniciativa e vou lutar pelos meus direitos”, afirmou. Já o motorista de ônibus, André Santos, de 37 anos, que ficou mais de duas horas parado no trânsito por causa do protesto, não concorda com a passeata. “Acho que eles estão prejudicando pessoas inocentes. Eu sou contra o aumento da passagem, mas não podemos sair por aí impedindo todo mundo de trabalhar”, concluiu o motorista.
O protesto seguiu tranqüilo até chegar na frente do Consórcio Grande Recife, nas proximidades do Cais de Santa Rita. Isso porque enquanto os estudantes formavam uma comissão para se reunir com a presidente do Consórcio, um outro grupo de manifestantes brigava para não liberar a via. Com isso, alguns motoqueiros enfrentaram o bloqueio e conseguiram passar pelos manifestantes.
O trânsito só foi liberado por volta das 17h30, quando a polícia militar convenceu os manifestantes a liberarem uma das faixas. O ato público foi organizado por entidades estudantis como a União dos Estudantes Secundaristas de Pernambuco (Uespe), o Diretório Central dos Estudantes (DCE) da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e da Unicap, além da UJR (União da Juventude Rebelião).
