14 novembro 2017

Política: Deputado Antônio Moraes critica soltura de suspeitos após audiência de custódia

“Fica difícil dar andamento às investigações quando a polícia prende os elementos e, em seguida, todos são liberados por ordem do juiz”, lamentou. Segundo o parlamentar os arredores de Vitória de Santo Antão, na Mata Sul, e de Goiana, na Mata Norte, são os que mais têm sofrido com a ação de assaltantes.

A liberação de pessoas que estavam presas por supostamente integrar quadrilha de roubo de combustíveis em Pernambuco mereceu protestos do deputado Antônio Moraes (PSDB) no Plenário da Assembleia. Nesta segunda (13), o parlamentar pediu que o Tribunal de Justiça reveja a soltura dos suspeitos, determinada no último fim de semana, após uma audiência de custódia.

Para o tucano, a liberdade concedida aos acusados vai atrapalhar a conclusão das investigações e dificultar o trabalho da polícia em coibir os crimes da mesma natureza. Os suspeitos haviam sido flagrados por policiais em um posto de gasolina em Paulista, na Região Metropolitana do Recife, enquanto descarregavam combustível roubado. O caminhão que transportava a carga contava com dispositivo de rastreamento e tinha sido assaltado horas antes.

“Ninguém entende qual a razão de todos terem sido soltos na audiência de custódia”, disse Antônio Moraes. “Havia o produto roubado, a carreta, o motorista que tinha sido feito refém, o gerente do posto e um dos assaltantes. Fica difícil dar andamento às investigações quando a polícia prende os elementos e, em seguida, todos são liberados por ordem do juiz”, lamentou.

O deputado sublinhou que a atuação dos órgãos de segurança pública nesse caso integra um esforço do Estado para enfrentar o crescimento dos roubos a caminhões de combustíveis. Segundo o parlamentar os arredores de Vitória de Santo Antão, na Mata Sul, e de Goiana, na Mata Norte, são os que mais têm sofrido com a ação de assaltantes.

“Informações preliminares dão conta de que há, por trás desses roubos, a atuação de facções criminosas em busca de dinheiro para a compra de armas e de drogas”, alertou. “As audiências de custódia são um grande avanço, mas, nesse caso, eu gostaria que o desfecho tivesse sido diferente”, salientou.

 
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