06 julho 2016

Economia: Usina Cruangi volta a moer e garante quatro mil empregos na Mata Norte

Os 800 fornecedores de cana da Zona da Mata Norte, que fazem parte da Cooperativa responsável pela reabertura da Usina Cruangi (Coaf) no ano passado, responsável por movimentar R$ 44 milhões e empregar cerca de 4 mil trabalhadores no campo e na fábrica, preparam-se para iniciar a nova moagem nos próximos meses.

A expectativa é de manter o mesmo número de contratações e superar a produção frente o melhor apontamento do parque fabril e excelente condição dos canaviais diante das chuvas regulares.

Aliado à isso, acaba de ser sancionada uma lei municipal em Timbaúba, onde a usina está instalada, que dá isenção fiscal à Coaf sobre qualquer serviço contratado pela unidade industrial, reduzindo custos de produção e deixando-a mais competitiva. Na última safra, apesar da seca, a usina fabricou 21 milhões de litros de etanol.

O anúncio da respectiva lei (2.960/16) foi feita na última sexta-feira (1º) na usina, pelo prefeito do município, Júnior Rodrigues, ao presidente da Coaf, Alexandre Andrade Lima. A legislação foi proposta pelo presidente da Câmara dos Vereadores, Josinaldo Barbosa, aprovada na sequência pela Casa e depois sancionada pelo prefeito no final do mês passado.

A lei objetiva incentivar o cooperativismo no local, que, desde o último ano, tem sido o responsável por restabelecer a atividade sucroalcooleira com a reabertura de postos de trabalho e serviços extintos com o fechamento da usina, bem como o respectivo reaquecimento econômico da cidade.

Alei foi uma promessa do prefeito e de vereadores em 2015, defendida pelo deputado federal Marinaldo, que é natural da Região, durante a reinauguração da usina que contou com o governador Paulo Câmara. Na época, foi sancionada uma lei estadual de incentivo fiscal. O governador concedeu um maior crédito presumido de ICMS sobre a produção de etanol das usinas abertas por cooperativas de canavieiros. Foram então beneficiadas as usinas Cruangi e Pumaty (na Mata Sul).

Oportunidade na crise “Enquanto dezenas de usinas fecharam nos últimos anos em virtude da aguda crise que afetou o setor sucroalcooleiro do país, aqui em PE, a Associação dos Fornecedores de Cana de Pernambuco (AFCP) e o Sindicato dos Cultivadores de Cana do Estado (Sindicape), através do cooperativismo e da parceria governamental, reativaram as usinas Cruangi e Pumaty. Não há outra caminho eficaz, senão a união entre a iniciativa privada e pública”, diz Andrade Lima, agradecendo aos atores políticos responsáveis por esta nova lei que incentiva o cooperativismo rural, estimulando o desempenho e a produção canavieira, com positivos efeitos socioeconômicos na cidade e toda cadeia produtiva da região.

NE10
 
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