20 dezembro 2015

Clima: Verão vai ser de chuvas abaixo da média em Pernambuco, diz Apac

Previsão é de mais um ano de pouca chuva no Sertão do estado. Grande Recife registrou, até novembro, precipitação 25% menor que média.

O verão começa na próxima terça-feira (22), com uma expectativa de menos chuvas para Pernambuco do que a média histórica, divulgou a Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac), nesta sexta-feira (18). O estudo aponta que, ao longo de 2015, todo o estado já veio registrando chuvas abaixo da média.

A quadra chuvosa do Sertão pernambucano, que é o período em que mais chove da região, vai de janeiro a abril. Para 2016, a previsão é de que as chuvas vão ser, mais uma, vez inferiores ao histórico devido à influência do fenômeno El Niño, mais forte neste ano.

"Isso não quer dizer que não vai chover. A média é em torno de 800 milímetros de chuva no ano para o Sertão. Na quadra chuvosa, chove cerca de 600 milímetros em média. Neste ano, deve chover em torno 400 milímeros", explica o metereologista Roberto Carlos Pereira.

A presença do El Niño próximo à linha do Equador significa, no geral, menos chuvas e temperaturas mais altas. A quadra chuvosa da Região Metropolitana do Recife, Zona da Mata Norte e Sul, além do Agreste, ocorre geralmente de abril a julho, quando ocorrem as chuvas mais intensas nessa região, mas a previsão para o período ainda não está fechada.

Precipitação em 2015
De janeiro a novembro deste ano, o estado de Pernambuco registrou chuvas abaixo da média histórica, segundo o acompanhamento feito pela Apac. A Região Metropolitana do Recife teve um acumulo médio de 1.454 milímetros, o que representa 25% a menos que os 1.969 milímetros esperados para o período. O município em que mais choveu foi Jaboatão (1.856 mm), seguido por Ipojuca (1.844 mm), Recife (1.793 mm) e Cabo (1.738 mm).

Ao longo do ano, a precipitação do Sertão foi de 307,5 milímetros, enquanto que a média é de 559 milímetros, ou seja, choveu 45% abaixo da média histórica. Os municípios com menor precipitação foram Jatobá (59 mm) e Tacaratu (84 mm), com desvio de quase 90% da média.

O Agreste teve, ao longo do ano, grande variação especial de chuvas. Choveu 33% da média histórica, o que representa 488 milímetros. Os maiores valores foram registrados em Barra de Guabiraba (1.620 mm), Correntes (1.090 mm), e Palmeirina (967 mm), e os menores foram registrados em Buíque (148 mm), Brejo da Madre de Deus (164 mm) e Pedra (197 mm).

Já a Zona da Mata teve 21% menos chuvas, o que representa 984 milímetros - a média é de  1.278 mm. As cidades em que mais choveu foram Amaraji (2.018 mm), Sirinhaém (1.661 mm), Barreiros (1.597 mm), Ribeirão (1.522 mm) e Goiana (1.487 mm). Os municípios da região com menos chuva foram Lagoa de Itaenga (450 mm), Pombos (540 mm) e Ferreiros (654 mm).

G1
 
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