19 outubro 2015

Polêmica: Jovem que acusou padre de Pitimbu por crime de pedofilia, pede perdão e diz que foi coagido

O jovem Mike Borges, que há mais de um ano denunciou o padre de Pitimbu Jaildo Souto por crime de pedofilia, escreveu uma carta de próprio punho pedindo perdão e negando as acusações contra o religioso, a carta enviada desde do dia 05 de agosto, foi lida no sábado (17), no Salão Paroquial da igreja Nossa Senhora de Fátima, localizada em Acaú, onde Jaildo Souto era pároco e foi afastado devido a denúncia. Na ocasião, encontravam-se presentes os animadores da comunidade, o Diácono Luis Brasiliano e o Arcebispo Dom Aldo Pagotto. Alguns dos presentes afirmam que o arcebispo recusou-se a ouvir o relato da carta, pois não poderia fazer nada devido ao caso estar no Ministério Público. Mesmo assim, a carta foi lida e hoje Dom Aldo também tem conhecimento do conteúdo.

Nas poucas linhas escritas, Mike pediu perdão por ter acusado o padre injustamente e relatou que nunca houve nada entres eles, afirmando que foi coagido a denunciar o Padre, atendendo a interesses de terceiros para prejudicar o religioso, que era muito ligado a população local e tinha forte influência nas comunidades, realizando um grande trabalho em parceria com a Prefeitura de Pitimbu.

A carta foi colocada sob a responsabilidade de Flávio Feitoza, amigo de infância de Mike e lida na presença de dezenas de pessoas que ficaram comovidas com o relato, a comunidade católica local pretende acolher o jovem e o padre de volta, pois sempre acreditaram que tudo não passou de um mal entendido e que havia algo estranho no caso.
Mike encaminhou a carta e autorizou a divulgação

A carta escrita por Mike inocentando o padre de todas as acusações foi encaminhada ao delegado, que apurou o caso, ao Ministério Público e, anexada ao inquérito eclesiástico. Mike está se programando para voltar a Paraíba e tentar ajudar no que for necessário, prestando novos depoimentos e relatando o verdadeiro motivo que o levou a tal ato.

Mike, que fazia parte do Ministério da Música da Paróquia, hoje tem 22 anos, reside na Europa e foi o pivô da denúncia contra o padre que alcançou grande repercussão em todo o Estado. Mesmo com todo efeito, a comunidade religiosa nunca acreditou nas denúncias, por conhecer a conduta ilibada do padre e, até hoje, pedem a volta do religioso.

A acusação denunciada e registrada em 2014, foi referente ao ano de 2008, porém as autoridades policiais afirmaram mesmo seis anos depois, o registro da ocorrência era válido. Pois, neste ano o rapaz ainda era menor de idade. Por isso foi dado andamento ao processo que hoje está sendo analisado pelo Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB) em segredo de justiça.

Um morador de Pitimbu afirmou que espera a volta do padre, após a revelação feita na carta. “Que o padre seja absolvido e volte com seu lindo trabalho realizado através de Romarias, Vigílias, Retiros Espirituais com acessibilidade para todos da comunidade. Desejo que ele possa reativar as pastorais que se encontram paradas e sem liderança. Já em relação ao Arcebispo que se negou a ouvir o relado de Flávio Feitoza (Flavinho) e receber a carta, mostrou a nossa comunidade o verdadeiro nível da sua quanto a ser ouvinte. Vimos que ele só sabe falar sem querer ouvir a voz da comunidade ou mesmo esclarecer para ela o que de fato pode fazer pelo ‘seu amigo e irmão de fé’ como mencionava nas missas antes de toda a história acontecer”, lamentou o morador.

“A comunidade espera ansiosa o retorno de Padre Jaildo e pede a promotora Cassiana Mendes Sá, uma resolução e o arquivamento do caso para que, assim, Dom Aldo, que depende do Ministério Público, possa, enfim, devolver as ordens ao Padre Jaildo que se encontra suspenso e o mande de volta para a Paróquia. Algumas pessoas nas redes sociais estão dizendo que nunca acreditaram na denúncia porque não se encaixava no perfil de Mike, pessoa que sempre foi vista como um jovem de Deus e da Igreja, bem como o Padre Jaildo. A comunidade espera ansiosa também o retorno de Mike para continuar no ministério”, declarou um integrante da igreja.

Fonte: Portal do Litoral
 
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