14 setembro 2015

Goiana: Sem poder trabalhar no Mercado Público, marchantes comercializam carne na feira livre

Uma imagem intrigou milhares de goianenses na manhã desta segunda-feira (14) nas redes sociais. Sem poder trabalhar no Mercado Público, interditado pela Prefeitura de Goiana na última semana, marchantes comercializam carne em meio a feira livre da cidade.

Segundo os comerciantes do Mercado Público, como o problema não foi logo solucionado pela Prefeitura, a carne está sendo vendida na feira livre, em frente ao prédio do Mercado, "Essa gestão nunca fez nada aqui. Nunca melhorou nada. Aí depois que é pressionada pelo Ministério Público começa as obras e não tem prazo para terminar. Como ficamos até lá? Disseram que íamos para o novo Mercado, na Rua da Soledade, mas a obra mal começou, quem dirá quando vai terminar. Nós temos família pra sustentar e iremos vender nosso produto aqui, enquanto o Mercado estiver interditado, pois não recebemos ajuda da Prefeitura não!", comentou José Dias.

Mercado Público ficará interditado até quando?

"Nunca tinha visto isso acontecer em Goiana. O prefeito Fred Gadelha tá pior que Henrique Fenelon. A cidade tá completamente abandonada. Parece que nem tem prefeito. E agora como eles vão ficar, sem um lugar pra trabalhar? A carne vai ser vendida na rua agora é? Uma vergonha pra uma cidade como Goiana tá desse jeito, de mal a pior", criticou a aposentada Maria do Carmo.

No dia 03/08/2015, o promotor de Justiça de Defesa da Cidadania de Goiana, Fabiano Saraiva, recomendou ao município que fosse realizado um plano de recuperação do Mercado Público de Goiana com o objetivo de sanar todas as irregularidades apontadas no relatório de inspeção da Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (Apevisa – II Regional).

De acordo com relatório da Apevisa, aporte do procedimento investigativo do MPPE, ficou comprovado risco iminente para a saúde e a vida dos consumidores de alimentos vendidos no mercado público. O relatório da Apevisa concluiu que o mercado encontra-se com suas instalações físicas e estruturais em péssimas condições, pondo em risco a saúde e segurança dos comerciantes e da população que adquire produtos naquele estabelecimento. A estrutura dos boxes e dos equipamentos não oferece os requisitos mínimos para assegurar as boas condições sanitárias dos alimentos e que estes sejam acondicionados de modo a serem preservados de contaminação.
 
-
-
Todos os direitos reservados à Anderson Pereira. Obtenha prévia autorização para republicação.
-