01 julho 2015

Em coletiva: Polícia apresenta acusados de sequestro, estupro e atropelamento de duas mulheres em Goiana

Conforme a polícia, as autoridades conseguiram esclarecer os fatos não só por meio de investigações específicas, mas também pelos relatos da vítima que sobreviveu. A polícia disse que precisou divulgar que a sobrevivente havia perdido a memória para preservar os procedimentos de elucidação do crime

Os dois acusados de roubar e participar do estupro de duas mulheres de João Pessoa, com a morte de uma delas, em Goiana, na Mata Norte de Pernambuco, teriam dado início ao crime anunciando um assalto na capital paraibana. Eles pretendiam roubar o carro, mas mesmo tendo o veículo à disposição, a polícia informou que eles mantiveram as ações que culminaram nos crimes. As informações foram repassadas durante entrevista coletiva na Central de Polícia Civil, em João Pessoa, no começo da noite desta terça-feira (30), onde os dois foram apresentados oficialmente como acusados.

Segundo fontes do Blog do Anderson Pereira, os acusados são conhecidos por Leonardo José de Souza e Ivar Pedro da Silva, que também é filho de um pastor evangélico e acusado pela polícia por vários outros crimes.
A delegada Roberta Neiva, que participou das investigações, disse que a dupla abordou as duas mulheres e o bebê de nove meses, filho de uma delas, no bairro dos Bancários, na Zona Sul de João Pessoa. Na tarde do sábado (20), de moto, eles anunciaram o assalto às vítimas, que estavam de carro, voltando de uma festa em uma escola. Apesar do carro ter sido oferecido pelas mulheres, eles não aceitaram.

Segundo o relato da delegada, com base no depoimento da vítima sobrevivente, um dos dois entrou no carro, tomou a direção do veículo e seguiu para Pernambuco, pela BR-101, enquanto o outro elemento continuou de moto. Ela falou que um dos envolvidos no crime, o Leonardo, pretendia roubar o veículo e deixar as mulheres, mas o Ivar teria insistido em permanecer com as vítimas.

Elas foram levadas para um canavial, na cidade de Goiana, em Pernambuco, onde Ivar estuprou as duas mulheres e abandonou o bebê de noves meses na mata. A primeira vítima estuprada foi trancada na mala do carro até que a violência sexual fosse concluída com a outra mulher.

Depois, eles colocaram as duas mulheres na estrada de terra do canavial, amarraram cada uma delas com roupas e um deles as atropelou com o carro. Uma não suportou os ferimentos e morreu no local e a outra resistiu e se recupera em um hospital de Pernambuco. Os criminosos levaram o carro para outra parte do canavial, um deles incendiou o veículo e depois os dois fugiram.

Conforme a polícia, as autoridades conseguiram esclarecer os fatos não só por meio de investigações específicas, mas também pelos relatos da vítima que sobreviveu. A polícia disse que precisou divulgar que a sobrevivente havia perdido a memória para preservar os procedimentos de elucidação do crime.

Um dos acusados disse que está arrependido de ter cometido o crime e pediu desculpas à família. O outro apontado pela polícia como participante do caso não quis falar com a imprensa.

De acordo com as autoridades, um dos dois já têm passagens pela polícia e antes de cometer os crimes contra as mulheres e o bebê, eles teriam se encontrado em um bar, no bairro de Mangabeira, na Capital, onde planejavam roubar carros, naquele sábado (20).

A polícia divulgou que os dois poderão responder por roubo duplamente qualificado, privação da liberdade de vítimas e ainda por terem cometido os atos com o auxílio de outra pessoa. Um dos criminosos poderá responder por todos esses crimes, mas também será indiciado por duplo estupro, dupla tentativa de homicídio duplamente qualificada (de uma das mulheres e do bebê), homicídio duplamente qualificado e incêndio do carro; ele poderá ficar preso por até 110 anos.

A delegada Roberta Neiva disse que as vítimas foram levadas para Pernambuco porque Ivar teria vínculos não só na Paraíba, como também no estado vizinho. Esse homem foi preso em Igarassu, na Região Metropolitana de Recife (RMR).

Com informações do PortalCorreio
 
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