22 maio 2015

Trânsito: Debate sobre acidentes de motos em Pernambuco

De acordo com o Comitê de Prevenção aos Acidentes de Moto em Pernambuco (Cepam), Pernambuco tem 22 mortes com acidente de motos para cada 100 mil habitantes, mais que o dobro da média considerada como epidemia pela Organização Mundial de Saúde, que é dez mortes para cada 100 mil habitantes. E não é um privilégio das cidades grandes, só no município de Trindade, na região do Araripe, estão sendo registrados 100 acidentes com mortes para cada 100 mil habitantes. A expectativa do Cepam é reduzir em 50% o número de mortos até 2020. Para debater este problema estará acontecendo no plenário da Assembleia Legislativa de Pernambuco na próxima quinta-feira (dia 28, às 10h) um grande expediente convocado pelo deputado estadual, Aluisio Lessa (PSB). O parlamentar é autor do projeto de lei que obriga as montadoras e revendedoras de motos (das mais diversas cilidrandas) a oferecerem curso de formação de condutores para seus clientes.

Segundo o Cepam tem crescido em uma media de 8% a 10% o número de vitimas fatais causado por acidentes de moto em Pernambuco a cada ano. Dados não faltam para ilustrar essa triste realidade. O Hospital da Restauração (HR), maior unidade de urgência e emergência do Estado, também é um importante referencial. De setembro de 2013 a setembro de 2014, a unidade atendeu a 10.075 vítimas de acidentes de motocicleta. Levantamento específico do Comitê com 104 pacientes do HR, entre maio e agosto de 2014, constatou que eles ocupavam mais de 90% dos leitos do setor de traumatologia e custaram aos cofres públicos cerca de R$ 31,8 milhões. Dez por cento saíram com sequelas permanentes.

Vale reforçar que aproximadamente 13% da frota de motocicletas em Pernambuco é formada por cinquentinhas. Já os acidentes envolvendo esse tipo de veículo são alarmantes: chegam a quase 20% do total. Por conta dos números, já foi anunciado pelo Governo de Pernambuco que as cinquentinhas serão alvo prioritário de abordagem do Comitê, através da Operação Lei Seca, na Região Metropolitana do Recife.

Assessoria
 
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