16 outubro 2014

Segundo turno: Ministro ataca PSB e diz que PT vencer em Pernambuco é "questão de honra"

Gilberto Carvalho, da Secretaria-Geral da Presidência da República, esteve no Recife para encontro com movimentos sociais e defender a candidatura de Dilma Rousseff (PT)

Depois da ofensiva de Aécio Neves (PSDB) no Recife no final de semana, o ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, esteve nesta semana no Recife reunido com movimentos sociais para debater a candidatura de Dilma Rousseff (PT) à reeleição. Carvalho recebeu um documento com 13 propostas assinado por 104 entidades, sindicatos e associações. Ligado a movimentos do campo, o ministro esteve em Carpina para um agenda da Fetape e anunciou a data de visita de Lula ao Estado.

Carvalho defendeu projetos petistas, mas também criticou a decisão do PSB em apoiar o candidato tucano no segundo turno. "Eu acho que Eduardo Campos está agora, espero que na luz de Deus, e tenha reconhecido aquilo que Lula fez aqui nesse Estado. Bem faz o Roberto Amaral (ex-presidente do PSB), ao descrever o PSB de Pernambuco como o atraso. E é por isso que não é fora da lógica que eles tenham optado, infelizmente, pelo outro bloco. É porque infelizmente eles já tinham ideologicamente se dedicado ao outro lado", declarou o ministro. Em entrevista coletiva, o ministro afirmou que é "quase um escândalo em relação ao restante do País" os recursos enviados a Pernambuco.

O ministro disse, ainda, que considera injusto o tratamento do PSB dado ao PT no Estado. "Mais do que injusto, escondeu do povo pernambucano a origem real dos recursos que aqui foram feitos. O mínimo que a gente esperaria era que houvesse uma publicidade real do total dos recursos federais no sucesso que o governo do PSB teve nos últimos anos", disparou.

Pernambuco foi o único Estado do Nordeste em que Dilma não teve maioria dos votos. Por conta disso, Carvalho afirmou que é "uma questão de honra" o partido sair vitorioso no segundo turno. "Nós temos muita confiança que o povo de Pernambuco, acima dos seus caciques, dos seus eventuais chefes, tenha consciência do que o presidente Lula, do que o nosso governo fez para mudar a vida das pessoas. Não é possível, sinceramente, que o povo de Pernambuco eleja uma pessoa que é contra o Estado. Nós vamos ficar muito estarrecidos se houver uma escolha por esse tipo de candidato", declarou.

Com as últimas pesquisas de intenção de voto colocando Aécio e Dilma em empate técnico, o teor dos discursos de lideranças dos grupos era de apreensão. Nos últimos embates entre PT e PSDB nas eleições nacionais, os petistas apresentavam larga vantagem nas pesquisas diante dos adversários tucanos. "Não era para Dilma estar empatada com Aécio, era para ela estar com 70%", disse Carvalho.

JCOnline
 
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