27 março 2013

Goiana: Presidente da Fiat visitou canteiro de obras

A Fiat deve ter uma definição sobre o produto a ser fabricado na unidade de Goiana, Zona da Mata Norte do Estado, no segundo semestre. Ontem (26), o staff da montadora italiana - encabeçado pelos presidentes mundial, Sergio Marchionne, e na América Latina, Cledorvino Belini - vistoriou as obras e participou da primeira reunião do comitê de monitoramento. Os encontros se repetirão a cada dois ou três meses, no Brasil ou na Itália, segundo informou o fabricante.

Nesta primeira reunião, o comitê tratou da manutenção do ritmo e do orçamento da obra, além de aspectos relativos ao produto. O carro que será fabricado em Pernambuco pode ser definido daqui a mais duas reuniões, que sempre terão a presença dos principais executivos da montadora. Oficialmente, o que se sabe é que sairá de Goiana um modelo “de entrada”, mais popular. Mas especulações já dão conta de que a indústria será adequada para fazer veículos da Chrysler.

Sergio Marchionne chegou a Pernambuco na última segunda-feira e jantou com o governador Eduardo Campos, quando foi feito um balanço de ambos os lados. Além de ter iniciado a terraplanagem, o Governo havia ficado com a responsabilidade de viabilizar o Arco Metropolitano, uma via que irá até o Porto de Suape, de onde a Fiat escoará a produção. Em visita ao Estado também na última segunda-feira, a presidente Dilma Rousseff garantiu recursos para a obra, avaliada em R$ 1,2 bilhão.

O Arco é uma reivindicação da própria Fiat e chegou a ser cobrado, em tom ameno, pelo próprio presidente Cledorvino Belini. Como não há prazo para o início dos serviços, devido, entre outros fatores, a uma mudança no traçado, a montadora terá que estudar a melhor logística para levar os automóveis de Goiana para Suape, o que não chegaria a ser preocupação até o momento, de acordo com os italianos. Outra responsabilidade do Estado é deixar pronta a via de acesso à unidade, que terá recursos de R$ 150 milhões.

A fábrica começa a operar no fim do próximo ano e a comercialização dos primeiros carros se dará em 2015. O investimento de R$ 7 bilhões engloba unidade fabril, pista de testes, centro de engenharia e 14 empresas fornecedoras. Trata-se do maior investimento do grupo Fiat/Chrysler em curso no mundo.

Fonte: Folha PE
 
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