25 fevereiro 2012

Governo do estado negocia com investidores americanos do ramo imobiliário. Uma equipe virá até Goiana identificar áreas próximas da Fiat

A desaceleração do mercado imobiliário americano pós-crise de 2008 e o crescimento do Nordeste brasileiro “a taxas chinesas” são motivos suficientes para atrair novos investidores estrangeiros para Pernambuco. Hoje, o governador Eduardo Campos recebeu representantes da Related Companies New York, grupo do ramo imobiliário que possui ativos no valor de US$ 15 bilhões e vislumbra novos mercados, como Oriente Médio, China e Brasil.

O fundador da empresa, Stephen Ross, e o presidente, Jeff Blau, vieram ao estado a convite do governador, que recentemente esteve nos Estados Unidos acompanhado de comitiva. Da reunião desta sexta-feira, também participou o secretário de Desenvolvimento Econômico do estado, Geraldo Júlio. 

“Eles são muito fortes no ramo imobiliário, têm investimentos muito altos e estão interessados em investir no Brasil, começando através de projetos aqui por Pernambuco. O foco deles é na criação de novas áreas urbanas onde as pessoas possam morar, trabalhar, ter tudo perto, gerando mais qualidade de vida”, ressaltou o secretário através de sua assessoria.

Segundo informações do Palácio do Campo das Princesas, foram definidas duas possíveis frentes de trabalho. A primeira seria a parceria da Related Companies com empresas que já tenham ações com o governo, no apoio e aperfeiçoamento de projetos em execução ou em vias de serem executados. A outra é uma parceria direta com o governo para a implementação de novos projetos e empreendimentos, a exemplo de PPPs.

As próximas conversações estão marcadas para quarta-feira (29), no Recife. De acordo com a assessoria de comunicação do governo, o grupo deixou uma equipe na cidade para estudar as possibilidades em Pernambuco e deve primeiramente identificar áreas, como as próximas da Fiat, em Goiana, e de Suape.

Fundada em 1972, a Related conta hoje com pouco mais de 2 mil profissionais. Mais de US$ 20 bilhões foram investidos em empreendimentos imobiliários, sendo de uso misto, residencial, escritório de varejo, e comércio.

Diário de Pernambuco
 
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